domingo, 20 de janeiro de 2008

Parc Regional de Longueiul - usando o hospital pela primeira vez

Combinamos com a Nair e o Rafael de passar na casa deles pela manhã para irmos em um parque escorregar na neve.


Fomos para o parque e lá conhecemos mais um amigo do Rafael: José (um rapaz de El Salvador). Ele está aqui no Canadá vai fazer 3 anos, e com uma enrrolação de espanhol com francês, nos entendemos muito bem.
Logo que chegamos no parque fomos fazer espetinhos de marshmallow na fogueira. Detalhe: de graça! Hummm!!!


O José e o Renê com marshmallow


Depois fomos nos decidir o que íamos fazer: Glissade (escorregar na neve) ou Sky de Fond???
Como já fazia um tempão que eu estava louca para saber o que era esquiar, agitei todo mundo para fazer o tal Sky de Fond, inclusive a D. Helena com seus 73 anos de praia...

Alugamos os acessórios: botas, skys e bastões e fomos nos preparar.

A Nair ajudando o Marcelo a enganchar a bota no sky



Para quem não sabe, o sky de fond é andar em uma trilha, um atrás do outro, no reto (com minímas subidas e descidas). Mesmo assim, exige um pouco de equilíbrio, pois os skys deslizam facilmente.

Recebemos as dicas do Rafael do que fazer e não fazer, e lá fomos nós... um atrás do outro!!!
Eu era a última, logo atrás da D. Helena que me motivava, já que ela é uma senhora...

O Marcelo ajudando a D. Helena



No caminho, não sei o por quê, várias pessoas vieram falar comigo, me incentivando (acho que eu deveria estar andando que nem uma pata, rsrssrsr...), e eu respondia que era a minha primeira vez, que eu tinha medo de cair e blá blá blá... (tudo em francês).
Até aí tudo bem!

Chegamos em uma subida e começaram os tombos... a Nair foi a primeira e logo em seguida a D. Helena... O Marcelo tirou os skys dele e foi me ajudar à descer. Achei gostoso deslizar, apesar do medo!!! Depois disso criei um pouco mais de coragem e já conseguia deslizar... Ultrapassei a D. Helena e fui seguindo o Marcelo e a Vitória (filha da Nair - 8 anos).


Vídeo do Marcelo fazendo sky de fond:




Desci uma rampinha sozinha e depois parei para descansar, pois a gente tem que colocar força nos bastões para não cair, e os braços doem...
Após a parada fui recomeçar e vrummmm... levei um tombaço! Vi o meu braço quebrando e a vista escurecendo... faltando pouco para desmaiar... comecei a gritar de dor e a chorar.
O Marcelo que estava um pouco a frente, tirou os skys do pé e veio correndo na minha direção. Ele deitou na neve e me abraçou enquanto eu gritava...
Um senhor que passava parou para ajudar, tinha gente querendo chamar a ambulância, e eu com aquela dor horrível... Me levantei, e fomos devolver os skys alugados. O senhor foi nos guiando e fazendo piadinhas dizendo que era só uma luxação, que eu não precisava chorar daquele jeito e tal. A cada passo eu sentia mais dor e parecia que não ia chegar nunca... A sorte é que estavámos no gelo total, então a minha dor deve ter sido menor do que deveria ser de verdade... (Será??!)

O pessoal do primeiros socorros do parque não podia fazer nada além de me dar uma bolsa de gelo. Eu não conseguia nem tirar a luva...
A Nair ficou respondendo os formulários sobre a queda, enquanto o José nos levou até o Hospital Pierre Boucher de Longueiul.

Pra ajudar, eu tinha esquecido o meu Assurance Maladie (carteira de saúde do Québec), a minha sorte é que eles viram a situação e não insistiram com isso, nem fizeram a gente pagar (pois neste caso, geralmente, a gente tem que pagar e depois é reembolsado pelo governo - essa brincadeira ia sair mais de CAD$1000,00 - conforme o José).

Fiquei no hospital por 5 horas, mas não posso reclamar do atendimento.

Nestas 5 horas:
- Fui atendida de imediato por um enfermeiro - ele mediu minha pressão, tirou minha febre, me deu uma tala, e dois tylenol ??? para a dor.
- Esperei umas 2 horas até chamarem meu nome. (Para uma urgência, foi um pouco demorado, não?)
- Tirei radiografias.

- Passei pou um clinico geral que disse que meu osso do pulso tinha quebrado e estava fora do lugar. (Só uma luxação, né??!!!)
- Tomei anestesia geral
- Tentaram colocar meu osso no lugar (conforme o médico, só faltou um pouquinho. !!!???)
- Colocaram uma tala imobilizando os movimentos.

Quando acordei, estava me sentindo melhor.
O médico me deu um encaminhamento para eu ir no dia seguinte no ortopedista, pois o especialista tem que avaliar se vai ser preciso somente colocar gesso ou fazer uma cirurgia, e no hospital, no momento, não tinha nenhum ortopedista para me dizer isso. (Que ótima notícia!)


Hoje ficou marcado como um dos dias inesquecíveis da minha vida! Vai sentir dor lá na p**@%$&&***... Parece que eu estava adivinhando, pois quando saímos avisei o Marcelo que tinha esquecido o Assurrance Maladie, comentei com a Nair que eu morria de medo de quebrar um braço, por isso que eu esquiava devagar e toda durinha... Que azar!
Não quero mais saber de me aventurar, agora sou uma velha assumida!!!


Vocês não sabem como foi difícil digitar tudo isso com uma mão só... Ufa!

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